LaurabeatrizHarvard, a mais prestigiada universidade dos Estados Unidos, mergulhou numa polêmica acerca dos limites da tolerância com tradições islâmicas. O imbróglio, descrito em reportagem do jornal The New York Times, começou em fevereiro, quando a direção da instituição acatou um pedido de seis alunas muçulmanas e reservou um dos três maiores ginásios do seu campus principal exclusivamente para uso de mulheres, durante quatro horas por semana. O grupo de alunas alegou que não se sentia à vontade usando roupas de ginástica na frente de homens, pois isso não é aceito pelos costumes muçulmanos. A temperatura subiu ainda mais quando, em comemoração à Semana da Consciência Islâmica, organizada pela associação de alunos muçulmanos, ecoou durante vários dias, nas escadarias da grande biblioteca Widener, a adhan, chamada para as orações usualmente recitadas na parte exterior de mesquitas ou do alto de seus minaretes. Três alunos de pós-graduação criticaram a prática num jornal da universidade. Classificaram-na de proselitista e de intolerante com outras crenças, por anunciar Maomé como o mensageiro de Deus. Para Taha Abdul- Basser, o capelão muçulmano de Harvard, os episódios decorrem do aumento da presença islâmica nos Estados Unidos. ”Causa desconforto o fato de os muçulmanos estarem cada vez mais visíveis”, disse.
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