Mais uma boa razão para escolher com quem conversar face a face: os contatos sociais criam um ambiente que permite a transferência e a incorporação do microbioma – o conjunto de microrganismos que habita a pele, o cabelo, a boca ou os intestinos – de outras pessoas. O compartilhamento microbiano, por meio do contato – ao cumprimentar ou beijar a face, por exemplo –, ocorre entre muitos tipos de relacionamento, incluindo conexões não domésticas, verificou uma equipe dos Estados Unidos, após sequenciar o microbioma em 1.787 adultos em 18 comunidades isoladas em Honduras. Pessoas conectadas por vários relacionamentos sociais compartilhavam mais variedades microbianas do que as não conectadas. A similaridade é maior entre quem vive na mesma casa ou são cônjuges e entre mães e filhos. Quando as medições foram refeitas, dois anos depois, a diversidade do microbioma de cada pessoa havia aumentado, em razão da frequência das interações e da proximidade física. Pessoas que não compartilhavam linhagens no início do estudo não aumentaram as trocas, indicando que continuaram isoladas (Nature, 20 de novembro; Conselho Americano de Ciência e Saúde, 6 de dezembro).
Republicar