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Arqueologia

Um cão com mochilas há 300 anos na Argentina

CONICETRepresentação do animal e sua cargaCONICET

Pesquisadores argentinos encontraram perto da cidade de Sarmiento, no sul do país, ossos de um cão que aparentemente era utilizado para o transporte de carga. As análises indicaram que o animal deve ter vivido há cerca de 300 anos. Era um macho com estimados 2 a 3 anos de idade e 19 quilogramas de peso. O grupo liderado por Eduardo Moreno, do Instituto de Diversidade e Evolução Meridional (Ideaus), encontrou deformações nas vértebras torácicas e lombares. Como a possibilidade de doenças e de mudanças após a morte não se sustentou para explicar essas modificações, a hipótese que se mostrou mais consistente é que tenham resultado do desgaste físico induzido pela sustentação de peso, provavelmente de mochilas. A descoberta, a primeira desse tipo na América do Sul, pode ajudar a entender o vínculo entre as pessoas e os cães e a importância desse animal no grupo de povos nômades caçadores-coletores que habitaram o sul da Argentina. “Com os outros membros do grupo, os cães tinham de transportar objetos durante as viagens”, comentou Leandro Zilio, do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Conicet), em um comunicado do próprio órgão, embora se trate ainda de uma hipótese (Conicet, 13 de junho; Journal of Archeological Science, setembro).

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