Um tipo especial de gel chamado Belousov-Zhabotinsky, que pulsa sem estímulos externos, seria capaz de, depois de partido em pedaços, se auto-organizar espontaneamente. A equipe da pesquisadora Anna Balazs, da Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos, desenvolveu um modelo computacional que simula o comportamento dinâmico desse gel, sintetizado pela primeira vez no final dos anos 1990, e obteve indícios de que pedaços muito pequenos poderiam trocar informação química entre si e se autoagregar em um gel maior. Segundo os pesquisadores, essa propriedade, conhecida como autoquimiotaxia, permitiria aos pedaços do gel se reagruparem autonomamente depois de cortados, formando uma estrutura semelhante à original. Nas simulações, eles mostraram ainda que essa auto-organização poderia ser guiada por estímulos luminosos (PNAS, 8 de janeiro de 2013). Segundo o grupo de Pittsburgh, esses resultados abrem caminho para o desenvolvimento de materiais que podem se organizar a partir do movimento autônomo de partes com capacidade de se comunicarem entre si. Com o auxílio de luz, acreditam os pesquisadores, seria possível controlar melhor a reconfiguração da estrutura original.
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