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Brasil

Um lambari raro de 6 centímetros

Nomes científicos costumam se referir a características físicas ou comportamentais do organismo recém-descoberto. Ou ainda homenagear a região em que os exemplares da nova espécie foram achados ou uma pessoa associada aos estudos com aquele tipo de ser vivo. O nome de uma nova espécie de lambari, a Astyanax biotae, é um tributo de outra ordem: presta reverência ao Biota-FAPESP, o programa que há seis anos faz um levantamento da flora e fauna do Estado de São Paulo.

Encontrada pela primeira vez em 7 de agosto de 2000 no córrego Água Mole, um riacho da bacia do rio Paranapanema no município de Diamantina do Norte, norte do Paraná, a espécie constitui provavelmente a menor das oito que compõem o gênero Astyanax, que ocorrem na bacia do Alto Paraná. Seu comprimento é de até 65,5 milímetros e seu peso, de 4 gramas.

Os únicos exemplares conhecidos do A. biotae foram capturados numa viagem de coleta conduzida por Ricardo Macedo Correa e Castro, da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e coordenador de um dos projetos temáticos do programa Biota.

Castro e Richard Vari, curador de peixes do Museu Nacional de História Natural, de Washington, descreveram a nova espécie em um artigo publicado na Proceedings of the Biological Society of Washington. Por ora, a ocorrência desse lambari se restringe a riachos do norte paranaense. A manutenção das matas ciliares parece ser importante para a preservação do A. biotae, que só foi encontrado em um único córrego protegido por esse tipo de vegetação.

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