Há 4.200 anos, o clima esfriou e alterou o regime de chuvas do planeta. Como resultado, ocorreu uma seca de 200 anos que afetou as grandes civilizações agrícolas no Mediterrâneo, no Oriente Médio e na Ásia, levando algumas, como a da Mesopotâmia, ao colapso. O resfriamento e a seca deixaram marcas em rochas e sedimentos de todo o planeta, especialmente em estalagmites de uma caverna no estado de Meghalaya, no norte da Índia. A equipe de Mike Walker, da Universidade do País de Gales, no Reino Unido, sugeriu que as marcas nessas estalagmites definam o início de um novo capítulo na história da Terra: a idade Meghalayana, na qual vivemos. A proposta foi aprovada em 14 de junho deste ano pela União Internacional de Ciências Geológicas (Iugs). Os geólogos dividem os 4,6 bilhões de anos de história da Terra em grandes unidades que refletem mudanças globais em rochas e sedimentos: as eras geológicas. Cada era é separada em períodos. Os períodos são divididos em épocas e as épocas em idades. A era mais recente, Cenozoica, começou há 65 milhões de anos, com a extinção dos dinossauros, e tem três períodos. O período atual, Quaternário, iniciou-se há 2,6 milhões de anos, quando glaciações afetaram a evolução dos mamíferos, e contém duas épocas: o Pleistoceno e o Holoceno. A proposta aprovada pela Iugs separa o Holoceno em três idades: a Greenlandiana, a Northgrippiana e Meghalayana.
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