Os japoneses avançaram rumo ao computador que lê a mente. Uma equipe do Instituto Nacional de Informação e Tecnologias de Comunicação, de Quioto, Japão, em colaboração com outros centros de pesquisa, conseguiu reconstruir as imagens que uma pessoa via ao analisar os sinais do cérebro por meio de ressonância magnética funcional. Esse estudo, noticiado em dezembro na revista Neuron, mostra que ler a mente não se limita a imagens previamente conhecidas, como uma equipe de pesquisadores norte-americanos havia demonstrado meses antes, e pode incluir algo que uma pessoa esteja lendo, sem que os pesquisadores tenham conhecimento prévio do que deveria ser. O coordenador do trabalho japonês, Yukiyasu Kamitani, pediu que uma pessoa olhasse uma seleção de imagens feitas de quadrados brancos e pretos enquanto analisava o cérebro dela com o aparelho de ressonância. Um programa de computador encontrou padrões na atividade cerebral que correspondiam aos pontos escuros ou claros e depois ajudou a identificar o que via. As imagens ainda são rudimentares, mas o importante é que o princípio do experimento, a chamada prova de conceito, funcionou, de acordo com Kamitani. Ele acredita ser possível melhorar a definição das imagens que se obtêm. O próximo passo é tentar traduzir em imagens o que as pessoas pensam ou sonham.
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