Desde 12 de setembro passado, o estudo da energia escura – um misterioso componente que representaria 73% do Cosmo e pode ser uma peça-chave para entender por que o Universo está se expandindo de forma acelerada – conta com os serviços de uma supercâmera instalada no telescópio Blanco, um dos equipamentos do Observatório Inter-americano Cerro Tololo, nos Andes chilenos. Nesse dia, depois de oito anos de planejamento e construção, a DECam entrou em operação e fez as primeiras imagens do céu, como a da galáxia espiral barrada NGC 1365, situada a mais de 60 milhões de anos-luz da Terra. Dotada de 62 CCDs, a câmera tem resolução de 570 megapixels e faz parte do projeto internacional Dark Energy Survey (DES, levantamento de energia escura), tocado por 23 instituições de pesquisa dos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Brasil. Em cinco anos, o DES pretende produzir imagens detalhadas em cores de 1/8 do céu para descobrir e medir propriedades de 300 milhões de galáxias, 100 mil aglomerados de galáxias e 4 mil supernovas.
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