Em 2019, cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, anunciaram uma forma de ouro com apenas dois átomos de espessura. Era o ouro sem suporte mais fino já criado, com uma espessura de 0,47 nanômetro (nm). Agora, um grupo da Universidade de Linköping, na Suécia, apresenta uma folha de ouro com apenas um átomo de espessura, chamado de goldeno, o mais novo primo metálico do grafeno. Cada átomo de ouro está ligado a seis outros, em vez de 12 de um cristal tridimensional, e forma uma lâmina com uma espessura de cerca de 50 micrômetros (μm; 1 μm corresponde a mil nm). O físico de materiais Lars Hultman e sua equipe usaram uma cerâmica eletricamente condutora, o carboneto de titânio e silício, que pretendiam revestir com ouro. Sob altas temperaturas, o ouro substituiu o silício e formou carboneto de ouro e titânio. Com uma solução à base de potássio, liberaram o goldeno. O problema é que a camada de ouro se enrolava como um pergaminho. Adicionando um surfactante (substância que reduz a tensão superficial do líquido), a lâmina ficou plana. Com uma espécie de peneira, o ouro disperso na solução pode ser coletado. Por causa de sua estrutura, esse novo material poderia ser usado na conversão de dióxido de carbono, produção de hidrogênio, purificação de água e aparelhos eletrônicos (Advanced Science, 6 de agosto de 2019; Nature Synthesis, 16 de abril de 2024).
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