Chris Servheen / USFWSNa província canadense da Colúmbia Britânica o clima entre cientistas e as autoridades é tenso. A poucos dias para o início da temporada de caça ao urso-pardo, o governo local autorizou um aumento do número de animais que podem ser mortos pelos caçadores: de 1.700 para 1.800, por temporada. Um grupo de cientistas publicou uma carta na revista Science protestando. Citando pesquisas sobre a população de ursos na região, alegam que entre 2001 e 2011, em mais da metade das 42 regiões próprias para caça de ursos na Colúmbia Britânica, o número de mortes por causas não naturais (como acidentes rodoviários ou caça) ultrapassou a taxa máxima de mortalidade permitida pelo governo, de 6% da população de ursos ao ano. “Os estudos mostram que a recuperação da população de ursos exige uma redução de 81% das mortes, porque esses animais sobrevivem por muito tempo mas reproduzem de forma lenta”, disse à revista Nature Paul Paquet, biólogo da University of Victoria, Canadá. Embora algumas subpopulações estejam em declínio, a espécie não corre risco de extinção – razão pela qual as autoridades abriram para caça áreas que eram proibidas.
Republicar