O Instituto Butantan vai iniciar os testes clínicos no país de uma vacina contra a leishmaniose, doença que afeta dois milhões de pessoas por ano em todo o mundo e é transmitida para seres humanos principalmente por insetos que picam cães infectados. O primeiro ensaio será feito em cães, com uma vacina produzida nos Estados Unidos pelo Infectious Disease Research Institute (Idri), parceiro do Butantan na iniciativa. Financiados pelo BNDES, pela FAPESP e pelo Ministério da Saúde, os testes serão realizados em áreas endêmicas da doença, incluindo regiões de São Paulo, e devem estar concluídos dentro de um ano. “A ideia é avaliar metodologias mais modernas para a imunização de cães. A vacina deverá ter eficácia acima de 70%”, disse o professor Isaias Raw, presidente da Fundação Butantan. O imunizante deverá ser produzido numa nova fábrica que o Instituto Butantan irá construir em São Paulo, num investimento que deve chegar a R$ 18 milhões. A ideia é aproveitar as campanhas de vacinação contra a raiva para imunizar 30 milhões de cães também contra a leishmaniose.
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