Universidade de QueenslandUm dos mais graves problemas de saúde de nações subdesenvolvidas é a baixa taxa de imunização de suas populações a doenças para as quais já existem vacinas. Uma questão séria é a necessidade de manter as vacinas sob refrigeração, para que não percam sua eficácia, o que nem sempre é possível em razão das condições existentes em lugares mais remotos desses países. Estima-se que metade das vacinas usadas na África é insegura por conta desse problema. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveu um método alternativo que dispensa o uso de agulhas e mesmo de refrigeração. A nova vacina vem em adesivos cutâneos menores do que um selo de carta e, segundo seus inventores, usa 100 vezes menos material de imunização do que as vacinas convencionais, com os mesmos resultados. Batizada de Nanopatch, a técnica é eficiente porque mira em uma camada logo abaixo da superfície da pele rica em células que geram uma resposta de imunização do organismo. Outra vantagem é que o Nanopatch não requer mão de obra especializada para sua aplicação. O produto funcionou bem em camundongos e a próxima etapa é a realização de testes em humanos. Se tudo correr bem, deve entrar no mercado em cinco anos.
Republicar