Imagine o motorista sentado em seu assento a caminho do trabalho ao mesmo tempo em que lê as notícias do dia usando um computador ou smartphone. Tudo isso dentro do veículo em movimento, mas sem correr o risco de colidir em algo ou sair do traçado da pista. O cenário proposto – digno de ficção científica – pode fazer parte da realidade de grandes centros urbanos nos próximos 10 ou 20 anos graças ao desenvolvimento de carros autônomos mundo afora.
Por enquanto, os esforços estão no campo da pesquisa, principalmente em universidades, algumas empresas da indústria automobilística e na Google, que também mantém um projeto experimental. No Brasil, um Palio Weekend Adventure da Universidade de São Paulo (USP) foi o primeiro veículo autônomo autorizado a trafegar em ruas de uma cidade – São Carlos, no interior paulista. E a equipe da revista Pesquisa FAPESP acompanhou de perto os testes desse carro, que percorreu um total de 5,5 quilômetros.
O automóvel, comprado em uma concessionária Fiat, sofreu diversas adaptações, quando foram instalados nele uma série de equipamentos. A ideia é de um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) e da Escola de Engenharia do campus da USP são-carlense. O veículo experimental Carina 2 funciona basicamente com um GPS, para manter o carro na rota pretendida, uma câmera 360º com duas lentes, que identificam a luminosidade e reconhecem a forma de pessoas e animais, dois radares a laser, para localizar obstáculos no caminho, além de dois computadores.
Republicar