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Investimento

A cerimônia do Bioen

EDUARDO CESARBrito, Portugal, Goldman, Lafer e Zago no lançamento do programaEDUARDO CESAR

Com investimento estimado em US$ 130 milhões nos próximos cinco anos, foi lançado no dia 3 de julho o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioe­nergia – Bioen, voltado para aprimorar a produtividade do etanol brasileiro e avançar em ciência básica e em desenvolvimento tecnológico relacionados à geração de energia a partir de biomassa (ver Pesquisa FAPESP nº 149). A chamada de projetos prevê investimentos de cerca de R$ 38 milhões, divididos entre a FAPESP (R$ 19 milhões) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também foram celebrados convênios no âmbito do Bioen que articulam o esforço de pesquisa com empresas e outras entidades. Um deles é a primeira chamada de propostas para o Convênio FAPESP/Dedini para Apoio à Pesquisa sobre Processos Industriais para a Fabricação de Etanol de Cana-de-açúcar, que investirá inicialmente R$ 20 milhões em projetos cooperativos envolvendo especialistas da empresa e de universidades e instituições de pesquisa paulistas. Outra é a chamada de propostas no valor de R$ 5 milhões para o convênio entre a FAPESP e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de pesquisa em biocombustíveis. “O programa se sustenta sobre uma sólida base de pesquisas desenvolvidas na área há quase dez anos”, disse o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz. ”A posição de liderança científica, no entanto, não permanece por si só: é preciso continuar avançando. O Brasil não está acostumado a ser um dos melhores do mundo quando o assunto é ciência e tecnologia. Mas em bioenergia nós estamos na liderança e precisamos ter uma atitude diferenciada”, afirmou. O presidente da FAPESP, Celso Lafer, lembrou que a pesquisa científica e tecnológica na área de bioenergia tem importância estratégica também sob o ponto de vista diplomático. “O Brasil tem feito esforços no sentido de argumentar em defesa do etanol nacional, afirmando sua sustentabilidade ambiental e social. Só teremos condições de sustentar essa articulação diplomática se ela vier acompanhada de um conhecimento sólido, com publicações de abrangência internacional, legitimando nossa posição”, disse. No evento também estavam presentes o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, o professor Marco Antônio Zago, presidente do CNPq, a professora Lucia Carvalho Pinto de Melo, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), e o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal.

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