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Tecnociência

A cizânia da fortuna

EDUARDO CESARHá quem diga que fortuna gera egoísmo. A psicóloga Kathleen Vohs, da Universidade do Minnesota (Estados Unidos), mostrou que nem precisa haver riqueza real em jogo para emergirem sentimentos ocultos. Kathleen e sua equipe testaram a disposição para cooperar em voluntários induzidos ou não a pensar em dinheiro. Para encher o pensamento de cifrões, bastou que os participantes do estudo vissem fotografias de dinheiro, manuseassem uma pilha de dinheiro de um jogo como banco imobiliário ou lessem um texto sobre riqueza, por exemplo. Os testes mostraram um comportamento diferente entre os voluntários com e sem dinheiro na cabeça: os primeiros custavam mais a pedir ajuda para resolver um problema, gastavam menos tempo socorrendo um companheiro e recolhiam menos lápis derrubados por um passante desastrado. Esse estudo, publicado na revista Science de 17 de novembro, alerta para o perigo que a riqueza pode representar para relações sociais e comunitárias.

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