Imprimir PDF Republicar

Estratégias

A crônica pilhagem do tesouro afegão

Não foi apenas no Iraque que a guerra descambou na pilhagem do patrimônio arqueológico e cultural. No Afeganistão, a destruição começou há duas décadas – e continua até hoje (Science, 4 de julho). Mais de um ano e meio depois da queda do regime talibã, relíquias do passado afegão continuam a ser saqueadas, enquanto o principal museu do país se deteriora. Especialistas descobriram no Paquistão um amplo comércio de moedas, estatuetas e manuscritos pertencentes a sítios arqueológicos ainda não legalmente escavados no norte do país.

Omar Khan Masudi, diretor do Museu Nacional, pediu aos afegãos que devolvam as peças, mas tem contra si a pobreza generalizada e os altos preços pagos no mercado internacional pelas antigüidades. Graças à sua localização estratégica, no entrecruzamento de várias civilizações, o Afeganistão era um importante guardião de riquezas arqueológicas. Duas décadas de guerra – para não falar na destruição proposital de monumentos por fanáticos religiosos – haviam aniquilado boa parte dessa herança.

Republicar