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Mundo

A desorganização de átomos na memória

As próximas gerações de celulares e câmeras fotográficas digitais poderão ter um sistema revolucionário de arquivar dados na memória eletrônica. A proposta, que usa pulsos elétricos para reagrupar os átomos em vez do famoso processo binário de on ou off, é de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa da empresa Philips e de Martijn Lankhorst, da Universidade de Aachen, na Alemanha.

Eles construíram um aparelho que demonstrou ser possível o novo processo, além de ser rápido e barato. Os pesquisadores afirmam que é possível transmitir informações organizando e desorganizando os átomos. Eles usaram um material chamado antimônio telureto que possui um estado amorfo porque não tem organização atômica interna definida, ao contrário dos cristais.

Mas basta um pequeno pulso de eletricidade para fazer os átomos dele se arranjarem em uma fila de forma ordeira. No segundo estágio, um pulso de alta voltagem encontra essa estrutura cristalina, fazendo o material voltar ao estado desordenado. Um sistema com antimônio telureto agrupado pode resultar em um chip de memória. Os pesquisadores, em entrevista para a revista Nature Materials (11 de março), disseram que com esse sistema um laptop pode estar pronto para o trabalho em apenas um segundo.

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