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Estratégias

A graça do IgNobel

O Prêmio IgNobel é uma paródia do Nobel concedido todos os anos pela revista humorística Annals of Improbable Research. São laureados pesquisadores que fizeram descobertas aparentemente inúteis ou absurdas. A premiação de 2007 mostra que o IgNobel continua em grande forma. O destaque mais risível foi o da categoria Medicina. Francis Fesmire, do Colégio de Medicina da Universidade do Tennessee, e uma equipe do Centro Médico de Haifa, Israel, publicaram um estudo intitulado “Término do soluço mediante uma massagem retal digital”. Na categoria Matemática, os ganhadores foram Nic Svenson e Piers Barnes, da Organização de Pesquisa Científica da Austrália, que calcularam o número de fotos que precisam ser tiradas para se ter certeza de que todos do grupo apareceram com os olhos abertos. Na categoria Biologia, a equipe liderada pelo holandês Bart Knols mostrou que o mosquito transmissor da malária é atraído pelo odor exalado pelos pés humanos. O IgNobel da Paz coube ao galês Howard Stapleton, que inventou um repelente de adolescentes, capaz de produzir um barulho irritante para jovens que não são escutados pelos adultos. O prêmio de Acústica foi para Lynn Halpern, Randolph Blake e James Hillengran, da Universidade Northwestern, de Chicago, autores de uma pesquisa que mostrou por que o barulho produzido pelas unhas no quadro-negro é tão irritante. O de Ornitologia foi concedido a Ivan Schwab e Philip Mai, da Universidade da Califórnia, por mostrar as razões que levam os pássaros carpinteiros a não terem dores de cabeça. A categoria Nutrição foi conquistada pelos kuwaitianos Wasmia al-Houty e Faten al-Mussalam. Eles mostraram que os escaravelhos do estrume são, paradoxalmente, animais comensais muito seletivos. “Os prêmios buscam celebrar o estranho e encorajar o interesse das pessoas pela ciência”, afirmou Marck Abraham, diretor da Annals of Improbable Research.

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