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Estratégias

A inútil arte de divulgar remédios

Os representantes de vendas de companhias farmacêuticas têm pouca influência nas prescrições de remédios, de acordo com estudo sobre o comportamento dos médicos nos Estados Unidos. Conforme informou a revista New Scientist, de 18 de junho, os pesquisadores Nathalie Mizik, da Universidade de Colúmbia, e Robert Jacobson, da Universidade de Washington, em Seattle, cruzaram dados sobre as visitas de propagandistas e as prescrições de três drogas por mais de 75 mil médicos.

Calcularam que os representantes tinham que fazer até 6,5 visitas adicionais para convencer os médicos a receitar uma das drogas. “Os propagandistas não são vistos como fontes confiáveis”, diz Mizik. Críticos do sistema lembram que os custos do marketing acabam repassados a todos os consumidores – e que os médicos dispõem de meios mais adequados de se informar sobre medicamentos.

As empresas argumentam que seus representantes são uma fonte complementar de informação e prestam o serviço de fornecer amostras grátis, que os médicos não dispensam. Na prática, tornaram-se reféns do marketing: temem perder espaço para os concorrentes se suspenderem a divulgação de seus remédios.

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