Imprimir PDF Republicar

BIOLOGIA

A morte precoce das abelhas

Abelha-operária transportando pólen

Muhammad Mahdi Karim / Wikimedia Commons

As abelhas-europeias (Apis mellifera) estão morrendo mais cedo. Experimentos realizados pela equipe do entomologista Dennis vanEngelsdorp, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, indicam que hoje elas vivem cerca de metade do tempo que viviam há 50 anos. Os pesquisadores retiraram pupas (formas imaturas do inseto) de colmeias e as criaram em laboratório. As abelhas morreram, em média, depois de 18 dias. Nos anos 1970, elas sobreviviam por 34 dias. Para entender a relação entre o tempo de vida de cada abelha e o sucesso da colônia, os pesquisadores usaram um modelo matemático que simula os efeitos da redução da expectativa de vida de cada indivíduo sobre o grupo. Eles observaram que uma diminuição de 50% na longevidade das operárias levaria a um declínio de 33% no tamanho das colmeias por ano, valor semelhante ao observado por apicultores (Scientific Reports, 14 de novembro). Em entrevista à revista NewScientist, o biólogo Anthony Nearman, coautor do estudo, levantou a suspeita de que fatores genéticos possam estar por trás da redução das colmeias, e não só os inseticidas. Ao selecionar as colônias para se tornarem resistentes a doenças, os criadores podem inadvertidamente ter reduzido a expectativa de vida das abelhas.

Republicar