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Inovação Tecnológica

A planta e sua ocorrência em Jupiá

Egeria densa é uma macrófita (planta superior) aquática submersa da família Hydrocharitaceae, predominante em climas tropicais. Para sobreviver, a planta necessita de águas claras e limpas, com temperatura amena e sedimento rico no fundo. Sua utilização é ornamental, em aquários e ambientes interiores.

Sua proliferação no Rio Tietê é um fenômeno que ocorre na parte final, no ponto em que deságua no Rio Paraná, formando o Reservatório de Jupiá. Ali, as águas são mais limpas e, devido à grande quantidade de dejetos carreados ao longo do Tietê, são também curiosamente ricas em nitrogênio, fósforo e potássio. “E isso acaba se tornando quase uma solução nutritiva, lugar ideal para o desenvolvimento de plantas emersas e imersas”, explica o diretor de Meio Ambiente da CESP, Daniel Salatti.

Mas a ocorrência da planta não é privilégio de Jupiá, acontecendo também nas usinas Três Irmãos e Avanhandava, no sistema do rio Paraná. Recentemente, a planta passou a causar problemas em Salto Grande, no sistema Paranapanema. Os pesquisadores também tomaram conhecimento da existência de Egeria densa no Rio Sacramento, na Califórnia, Estados Unidos, e em algumas hidrelétricas da Nova Zelândia.

A intenção, agora, é evitar mais prejuízos, principalmente a Jupiá, um dos maiores reservatórios do sistema que gera energia para todo o estado de São Paulo, com capacidade instalada para atender 14 cidades de 100 mil habitantes. Sua área abrange os municípios de Castilho, no estado de São Paulo, e Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

A presença das plantas aquáticas também provoca inconvenientes como o acúmulo de lixo e outros sedimentos nas margens dos reservatórios, a proliferação de insetos, além de prejuízos à prática de esportes aqüáticos, às festas tradicionais e à navegação pela Hidrovia Tietê-Paraná.

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