Um dos mais antigos grupos de animais ainda existentes no planeta, os anfíbios estão desaparecendo a taxas jamais observadas, mesmo nas áreas destinadas à conservação. Um levantamento feito em cerca de 60 países e publicado na Science de 14 de outubro mostrou que quase um terço das 5.743 espécies conhecidas de anfíbios – sapos, rãs e salamandras – encontra-se sob risco de extinção, situação bem mais grave que a das aves e mamíferos.
O desaparecimento dos anfíbios está associado à poluição, à perda do hábitat ou à caça, mas falta uma causa evidente para o declínio de metade das espécies, encontradas sobretudo na Austrália e nas regiões tropicais das Américas. Essa extinção acelerada afeta a sobrevivência dos répteis e das aves que se alimentam de anfíbios e gera um desequilíbrio ecológico, com o aumento de populações de insetos. “O fato de um terço dos anfíbios estar em queda acelerada nos diz que estamos caminhando rapidamente para uma potencial epidemia de extinções”, disse ao jornal inglês The Independent Achim Steiner, diretor-geral da União Mundial para a Conservação (IUCN).
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