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Humanidades

A telenovela na Universidade

Foi nos anos setenta que a telenovela se instalou definitivamente no Brasil. Bem aceito pelo público, o produto sofreu uma imediata rejeição por parte dos intelectuais, que consideravam a televisão um veículo de alienação e de manutenção do poder ditatorial implantado na década de sessenta.

Com o passar dos anos, essa postura foi-se modificando. E a telenovela já não era vista mais como um produto tão nocivo que exercia influência, mas também como um produto que a própria sociedade ajudava a escrever. E a telenovela chegou à universidade.

Criado em 1992 na Escola de Comunicação e Artes da USP, por iniciativa da professora Anamaria Fadul, o Núcleo de Pesquisas de Telenovela (NPTN) reúne docentes, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação dos vários departamentos da ECA. Ali surgiu o projeto Ficção e realidade: a telenovela no Brasil; o Brasil na telenovela, coordenado pela professora Maria Aparecida Baccega, do departamento de Comunicação e Artes.

Composto de nove subprojetos individuais, sendo que oito deles obtiveram financiamento da FAPESP, o projeto procura estudar a telenovela de diversos ângulos, como, por exemplo, a sua construção, a influência sobre o comportamento da sociedade e o desenvolvimento desse setor da indústria cultural. Direcionada para a comunidade acadêmica, educadores e alunos de primeiro e segundo graus, a publicação dos resultados das pesquisas oferece subsídios para a leitura crítica dos meios de comunicação e para revelar os avanços dos estudos nesse campo.

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