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BOAS PRÁTICAS

Academia de Medicina de Nova York condena trabalho de 1964 que tratava homossexualidade como distúrbio

Em julho de 1964, a Academia de Medicina de Nova York (NYAM), nos Estados Unidos, publicou um documento oficial em que classificava a homossexualidade como doença. Segundo o documento, elaborado pelo comitê de saúde pública da instituição, homossexuais seriam “indivíduos emocionalmente perturbados que não adquiriram uma capacidade normal para desenvolver relacionamentos heterossexuais satisfatórios”. O texto à época teve ampla repercussão na imprensa norte-americana, foi duramente criticado por médicos, advogados e representantes da comunidade LBGTQIA+, mas só agora, 58 anos após sua divulgação, foi considerado inválido pela instituição. Em comunicado publicado em junho no site da academia, Judith Salerno, presidente da NYAM, reconheceu que o artigo estava errado. Ela escreveu que, “embora possa ter refletido atitudes predominantes da época, o relatório do comitê de saúde pública estava incorreto e perpetuou visões sem respaldo científico”. E completou: “A inação da NYAM em lidar com o seu conteúdo é vergonhosa. Pedimos desculpas pela dor que esse documento e nosso silêncio infligiram à comunidade LGBTQIA+”.

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