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Tecnociência

Água de coco contra a malária

Pesquisadores do Peru descobriram uma forma nova de matar os mosquitos que causam a malária: o coco. Para matar as larvas do Plasmodium falciparum, cientistas do Instituto de Medicina Tropical Alexander von Humboldt, em Lima, inocularam soluções com uma bactéria inofensiva no homem, o Bacillus thuringiensis var. israelensis, Bti, no fruto do coqueiro. Ali dentro, os microrganismos cresceram, com fartura de nutrientes, e depois de 96 dias estavam prontos para serem usados. Com a água de coco tratada foram então regados os pântanos em que crescem os mosquitos transmissores da malária.

Na mesma área também foram espalhadas as cascas dos cocos. Resultado: em no máximo três semanas as larvas já estavam infectadas e começavam a morrer. “A solução para prevenir uma epidemia está em nossas mãos”, comentou Palmira Ventosilla, coordenadora da pesquisa peruana. A pesquisadora já aplicou a mesma técnica em Piura, no litoral peruano, e em Yurimaguas, leste do país. Os testes mais recentes realizaram-se em fazendas próximas a cidade de Iquitos, bem no meio da floresta amazônica, onde durante a estação chuvosa se formam lagoas propícias ao desenvolvimento das larvas do mosquito da malária.

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