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Tecnociência

Água limpa com pedras e areia

Pedregulhos e areia são a base de um sistema de tratamento de água para consumo humano pesquisado em conjunto pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP) e pelo Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB). A cidade paranaense de Doutor Ulysses e a paulista Corumbataí serão as primeiras a adotar o sistema de filtração em múltiplas etapas (Fime), eficiente na remoção de turbidez, algas e, particularmente, organismos patogênicos.

Os estudos com essa técnica foram iniciados pelo professor Luiz Di Bernardo, da EESC, na década de 80, para remover a turbidez da água e torná-la potável. “Os resultados permitiram à UnB também desenvolver trabalho nessa linha de pesquisa”, conta a coordenadora do projeto em Brasília, Cristina Célia Brandão, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Faculdade de Tecnologia da UnB. Nessa instituição foi testada a eficiência dessa tecnologia na remoção de algas e cianobactérias da água do Lago Paranoá, em Brasília.

Uma instalação piloto de Fime foi montada em uma de suas margens e o resultado foi a diminuição significativa da cianobactéria potencialmente tóxica (Cylindrospermopsi raciborskii) e a melhoria das condições sanitárias da água. A pesquisa sobre o Fime foi financiada pelo Programa de Pesquisa em Saneamento Básico (Prosab), que é uma iniciativa conjunta da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Caixa Econômica Federal.

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