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Brasil

Alimentos fora da lei

Convém redobrar a atenção na hora de abastecer o carrinho no supermercado. Um estudo realizado pelo laboratório do Instituto Adolfo Lutz em Campinas avaliou 143 amostras de doze tipos de alimentos – palmito em conserva, sorvete em massa, paçoca de amendoim, queijo-de-minas frescal, entre outros – coletadas entre março e julho de 2002 em supermercados de Campinas, Piracicaba e São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. O palmito foi o alimento com maior número de amostras em desacordo com a lei. Das 14 embalagens examinadas, cinco não cumpriam as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou do Ministério da Agricultura. Das cinco amostras com problemas, duas estavam em soluções menos ácidas do que o estabelecido por lei, condição favorável à proliferação da bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, infecção que pode levar à morte.

Em outras duas amostras, o palmito apresentava uma aparência diferente da exigida para venda (cilindros inteiros, rodelas ou picado) ou os dados do produtor não apareciam descritos na embalagem. De acordo com a pesquisa, recém-publicada no Boletim do Instituto Adolfo Lutz, foi elevada a taxa de irregularidades entre as amostras de sorvete. Das 15 amostras examinadas, quatro não declaravam no rótulo todos os componentes químicos e uma relatava na embalagem teores de gordura superiores aos que continha na realidade. Quatro das 15 embalagens de paçoquinha continham níveis superiores ao permitido de uma substância chamada aflatoxina, associada a alergias e intoxicações. Somente as amostras de ovos de galinha, fubá e salsicha foram aprovadas sem problemas.

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