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Tecnociência

Alta contaminação entre agricultores

Metade dos trabalhadores rurais de nove cidades mineiras que responderam a um questionário aplicado, entre 1991 e 2000, pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), vinculada ao Ministério do Trabalho, estava ao menos moderadamente intoxicada por defensivos agrícolas.

A conclusão consta de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e publicado na edição de julho/agosto da revista Cadernos de Saúde Pública.

Os autores do trabalho compararam as respostas de 1.064 agricultores que participaram da sondagem feita pela Fundacentro com os resultados de seus exames de sangue. Tal confronto permitiu apontar os principais fatores de risco que aumentam a chance de ocorrer intoxicação, como ter tido o último contato com defensivos há menos de duas semanas, não usar proteção na hora de aplicar o produto e recorrer a agrotóxicos dos grupos organofosforados e carbamatos.

Um dado interessante – e preocupante – destacado pelo estudo: os trabalhadores rurais que se fiavam nas orientações dos vendedores de agrotóxico tinham 73% mais chances de se intoxicar do que os que não faziam isso. Os agricultores de três cidades (Teófilo Otoni, Guidoval e Piraúba) também apresentaram risco maior de contaminação do que os das demais localidades estudadas (Uberlândia, Ubá, Tocantins, Paracatu, Montes Claros, Guiricema).

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