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Genoma antigo

Ameríndio com DNA europeu

O sequenciamento do genoma completo de um menino de 4 anos enterrado próximo ao lago Baikal, na Sibéria, há 24 mil anos, sugere que os indígenas das Américas são mais próximos dos europeus do que se imaginava. O esqueleto foi retirado de uma tumba nos anos 1920, mas só agora os geneticistas Eske Willerslen, da Universidade de Copenhague, Dinamarca, e Kelly Graf, da Univerisade Texas A&M, Estados Unidos, analisaram o material. A dupla encontrou no genoma da criança sequências de DNA consideradas exclusivas dos ameríndios atuais, juntamente com outras presentes atualmente apenas entre povos da Europa e das Montanhas Altai, na fronteira entre China, Casaquistão, Mongólia e Rússia. A tese dos pesquisadores é que esses povos teriam migrado para a Sibéria e logo em seguida miscigenado com outros povos do leste asiático, antes de atravessarem a ponte de gelo entre Ásia e América do Norte, que existia no estreito de Bering, cerca de 15 mil anos atrás. O estudo foi apresentado em outubro em Santa Fé, Novo México, durante a conferência Paleoamerican Odyssey.

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