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Brasil

Anel corrige imagem distorcida

No Observatório Pierre Auger, instalado na Argentina por instituições de 18 países, telescópios com espelhos e fotodetectores, chamados de detectores de fluorescência, são utilizados para captar os raios cósmicos, partículas subatômicas raríssimas, com energia pelo menos 100 milhões de vezes superior à produzida no mais potente acelerador de partículas do mundo, o Tevatron, nos Estados Unidos.

Como os espelhos esféricos dos equipamentos provocam distorção na imagem, conhecida como aberração esférica, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criaram um anel corretor, fabricado pela empresa Schwantz, de Indaiatuba, interior de São Paulo, que já está sendo usado em quatro dos 12 telescópios do observatório. Normalmente, para limitar essa distorção coloca-se um diafragma no centro de curvatura do espelho, que corta os raios afastados do eixo óptico principal.

Com o anel corretor, parte do diafragma, que regula a entrada de luz, é retirada e, com isso, aumenta a abertura do telescópio de 85 centímetros para 110 centímetros, sem perder a qualidade da imagem. O anel foi criado com base na sugestão de um colaborador norte-americano de aumentar a abertura do telescópio sem perder resolução na imagem formada na câmera fotomultiplicadora, diz o professor Marcelo Augusto de Oliveira, que participou do projeto para montagem do Pierre Auger na equipe do Instituto de Física da Unicamp.

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