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FCW

Arte e ciência, lado a lado

Premiação da FCW reúne personalidades marcantes da pesquisa e cultura

A festa dos ganhadores dos Prêmios FCW de Arte, Ciência e Cultura ocorre desde 2004 na Sala São Paulo, no centro da capital paulista, e é um evento por onde já passaram alguns dos mais expressivos artistas brasileiros. O maestro João Carlos Martins, o violinista Moisés Bonella e o pianista Ney Fialkow, os violonistas Fabio Zanon e Yamandu Costa, o pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano e a cantora lírica Céline Imbert, a Orquestra Jazz Sinfônica e, em especial, o pianista Arnaldo Cohen – parceiro de primeira hora da Fundação Conrado Wessel – se apresentaram depois da homenagem às personalidades da ciência, da medicina, da cultura e aos fotógrafos. Neste ano de 2014, o concerto foi da Orquestra Sinfônica da USP, com regência do maestro Ricardo Bologna.

O alto nível dos artistas faz jus ao naipe de 96 ganhadores do Prêmio FCW, de 2002 a 2013. Os laureados em Ciência, Medicina e Cultura recebem, cada um, R$ 300 mil; os três ganhadores da categoria Ensaio Fotográfico dividem R$ 200 mil. Todos ganham também uma escultura do artista plástico Vlavianos e um certificado. O reconhecimento se dá àqueles cientistas, médicos e artistas cujo currículo não se limita a sua área de formação. Em outras palavras, as realizações de cada um que tenham a ver também com benefícios para a sociedade são amplamente levadas em conta pelo júri, além da obra acadêmica, científica ou artística. Os integrantes do júri vêm das instituições parceiras da FCW, entre elas, a Academia Nacional de Medicina, a mais nova instituição a ter convênio com a fundação.

Neste ano os ganhadores nas categorias Ciência e Medicina têm perfis que, de certa forma, são semelhantes quando se vê pelo prisma social. Luiz Hildebrando Pereira da Silva (Ciência) é um parasitologista que, ao se aposentar no Instituto Pasteur, de Paris, decidiu continuar trabalhando no Brasil (página 14). Não em São Paulo, onde nasceu, se formou e começou a carreira científica, mas em Rondônia, um estado com carências extremas na área da saúde. Foi lá que instalou um centro de pesquisa em medicina tropical. Já José Rodrigues Coura, um paraibano radicado no Rio de Janeiro, ajudou a espalhar especialistas em doenças infecciosas parasitárias por todo o Brasil, em regiões como a Amazônia e o pantanal, graças a uma forte vocação de formador de pesquisadores (página 20).

A ganhadora em Cultura, Niède Guidon, tem em comum com Hildebrando e Coura o gosto pelo sertão (página 26). Arqueóloga paulista, foi a idealizadora do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Criou ali a Fundação do Museu do Homem Americano e luta pela preservação da região, riquíssima em imagens rupestres que ajudam a contar a história da presença humana nas Américas.

Nestas páginas há nome, especialidade e foto dos ganhadores dos Prêmios FCW. Os critérios foram aperfeiçoados ao longo desses 12 anos e algumas categorias sofreram modificações. Nas edições de 2003, 2004, 2005 e 2006 de Ciência e Cultura houve seis premiados; nas de 2007, 2008 e 2009 houve quatro premiados; a partir de 2010 foram três. O mesmo ocorreu com a categoria Arte. A premiação apenas das fotos publicitárias evoluiu, desde 2011, para os ensaios fotográficos (página 32). Em 2013, fotógrafos de 18 estados e do Distrito Federal ganharam motivação para se inscrever pelo endereço www.fcw.org.br. Por fim, um livro lançado sempre no segundo semestre resume o esforço da FCW – constante, anual e já reconhecido pela comunidade científica – de premiar os melhores em Arte, Ciência e Cultura.

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