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PALEONTOLOGIA

As andanças de Fred, o mastodonte

Crânio e presas de Fred, que está exposto no Museu Estadual de Indiana, em Indianápolis

Indiana State Museum and Historic Sites

Um mastodonte (Mammut americanum) que ganhou o nome de Fred mal deixava seu grupo e circulava pouco até os 12 anos de idade. Quando se tornou adolescente, porém, deixou o rebanho e começou a andar sozinho, indo cada vez mais longe. Já adulto, ele viajava até 30 quilômetros (km) por mês e aos 34 anos morreu a quase 160 km do lugar onde nasceu, quando outro macho perfurou o lado direito de seu crânio com a ponta de uma presa. O esqueleto quase integral de Fred, que morreu há cerca de 13,2 mil anos, foi recuperado em 1998 em uma fazenda em Fort Wayne, no estado norte-americano de Indiana. Fred tinha por volta de 8 toneladas, era herbívoro e pastava em árvores e arbustos. O grupo liderado por Joshua Miller, da Universidade de Cincinnati, e Daniel Fisher, da Universidade de Michigan, ambas nos Estados Unidos, identificou as rotas migratórias de Fred analisando a variação dos níveis de isótopos de estrôncio e oxigênio em uma de suas presas. De acordo com o trabalho, o nordeste de Indiana deve ter sido uma área de acasalamento para os mastodontes (PNAS, 13 de junho).

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