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Tecnociência

As espécies prioritárias para conservação

O crescimento da indústria de perfumes no início do século passado contribuiu para colocar na lista de espécies ameaçadas de extinção o pau-rosa (Aniba rosaeodora), árvore típica da Amazônia, cujo tronco libera odor de rosas e fornece o linalol – um óleo fixador usado, por exemplo, na produção de um dos mais conhecidos perfumes do mundo, o Chanel nº 5.

O pau-rosa e outras seis espécies de plantas aromáticas, medicinais – a exemplo da espinheira-santa (Maytenus aquifolium), empregada contra inflamações e úlceras – e de interesse industrial – como o guaraná (Paullinia cupana)- receberão atenção especial nos próximos quatro anos: são as espécies prioritárias em um amplo levantamento que começa este mês e será executado por cerca de 80 biólogos de oito instituições de pesquisa do Brasil.

Os especialistas vão coletar sementes, brotos e estacas dessas e de outras plantas de interesse regional dos cinco principais ecossistemas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal – para montar uma coleção de espécies vivas e obter informações genéticas que auxiliem a conservação e o manejo sustentável. “Nosso objetivo é possibilitar a produção de matéria-prima de melhor qualidade por meio do cultivo ou do manejo sustentado dessas plantas”, afirma Roberto Fontes Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, coordenador do projeto. “Pretendemos oferecer alternativas à exploração extrativista.”

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