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gás carbônico

As florestas e o clima

ricardo zorzetto

Monoculturas: baixa absorção de gás carbônicoricardo zorzetto

Um estudo conduzido por pesquisadores da Austrália reacende o debate sobre as formas de reflorestamento mais eficientes para extrair da atmosfera o gás carbônico, associado ao efeito estufa e às alterações do clima. Avança na Austrália o plantio de vastas áreas com apenas uma espécie de árvore, em geral de crescimento rápido como o eucalipto ou alguns tipos de pinheiro. Preocupados com a perda de biodiversidade causada pela expansão das monoculturas, John Kanowski, da Conservação da Vida Selvagem Australiana, e Carla Catterall, da Universidade Griffith, decidiram avaliar qual estratégia de reflorestamento retiraria mais carbono do ar. Durante alguns anos, eles compararam três tipos de reflorestamento: monoculturas; culturas mistas, com até 10 espécies de valor comercial; e plantações com mais de 20 espécies de árvores e arbustos da flora nativa. Cada hectare de mata original recuperada extraiu em média 106 toneladas de carbono da atmosfera, enquanto as culturas mistas retiraram 86 e as áreas de monocultura 62 (Ecological Management & Restoration). Essa informação, porém, não é suficiente para estimular o reflorestamento com espécies originais, bem mais caro que o plantio de monoculturas. Os pesquisadores sabem que será preciso criar novas estratégias caso se queira conservar o ambiente e armazenar carbono a custo mais competitivo.

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