Em 19 de março, autoridades chinesas reportaram duas mortes por Covid-19, na província de Jilin, no nordeste do país. Seriam as primeiras em mais de um ano, elevando para 4.638 o total de óbitos na China durante a pandemia, segundo os dados oficiais. Desde que o vírus foi identificado em Wuhan, no final de 2019, o gigante asiático tem atuado com mão de ferro para contê-lo, decretando confinamentos rigorosos, realizando testagem em massa e rastreando casos suspeitos de infecção. Além da pequena quantidade de óbitos, o governo reporta apenas 139 mil infecções no período. Bem inferiores aos de outros países grandes, esses números sugerem que a estratégia chinesa estava indo bem até a chegada das variantes delta e ômicron. Com elas, as infecções aumentaram e levaram à decretação de lockdown em cidades importantes, como Shenzhen, um polo tecnológico de 17,5 milhões de habitantes (BBC, 21 de março; Valor Econômico, 21 de março; The Guardian, 19 e 22 de março; NYTimes, 15 e 20 de março). Dados da Organização Mundial da Saúde, porém, mostram números bem diferentes para a China. Desde o início da pandemia, teriam ocorrido 867 mil casos e 12 mil mortes.
Republicar