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Brasil

Bambu e areia na limpeza de esgoto

Um sistema de tratamento de esgoto barato e eficaz que utiliza areia e bambu e pode ser instalado em cidades pequenas, áreas rurais e condomínios foi desenvolvido na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O principal equipamento do sistema é um cilindro preenchido com bambus cortados em pequenos pedaços.

Nesse reator ocorre o metabolismo anaeróbio (sem oxigênio) de degradação, um sistema que propicia a ação de bactérias que consomem a matéria orgânica presente no esgoto. Associados ao reator estão os filtros de areia que complementam a limpeza de compostos poluentes. A análise da água resultante do sistema indicou que ela não é potável, mas pode ser empregada em hortas e na lavagem de carros e de pisos.

Ela também pode ser despejada nos rios sem problemas de poluição. “As vantagens do bambu são a leveza e a resistência. Depois de três ou quatro anos, ele se mantém intacto e serve de suporte para as bactérias que atuam no sistema”, diz Adriano Tonetti, um dos pesquisadores que estudou o sistema em conjunto com a doutoranda Sandra Camargo, sob a orientação dos professores Bruno Coraucci Filho, Edson Aparecido Abdul Nour e Roberto Feijó de Figueiredo.

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