De forma pioneira, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, conseguiram criar uma bateria de lítio, dessas usadas em notebooks e outros equipamentos eletrônicos, que usa um vírus geneticamente modificado para fazer o material dos terminais positivo e negativo desses dispositivos. Os vírus chamados de M13 são inofensivos ao homem e passam por modificações nas proteínas que os recobrem. Isso faz eles se autorrecobrirem de fosfato de ferro e se fixarem em nanofios de óxido de cobalto que se constituem no material dos terminais da bateria. A descoberta pode levar a uma nova geração de baterias bem menores, mais eficientes e fáceis de recarregar do que as atuais. Um importante avanço da pesquisa, publicada na revista Science (10 de maio), é que o processo de fabricação das novas baterias seria barato e ambientalmente correto. Sua síntese é feita em baixa temperatura (o que requer pouca energia), não emprega solventes orgânicos agressivos e o material usado no dispositivo não é tóxico. Os pesquisadores se conscientizaram que os biossistemas têm grande capacidade de construção e organização de materiais nanoestruturados.
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