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SciELO

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Sociologia
Variáveis criativas

O artigo Contribuições Teóricas Recentes ao Estudo da Criatividade, de Eunice Soriano de Alencar, da Universidade Católica de Brasília (UCB), e Denise Fleith, da Universidade de Brasília (Unb), apresenta três abordagens recentes no estudo da criatividade. Trata-se da Teoria do Investimento em Criatividade, de Sternberg, o Modelo Componencial da Criatividade, de Amabile, e a Perspectiva de Sistemas, de Csikszentmihalyi. “Esses teóricos atribuem a produção criativa a um conjunto de fatores, que interagem de forma complexa, referentes tanto ao indivíduo quanto a variáveis do ambiente onde ele se encontra inserido”, segundo consta no texto. As pesquisadoras concluem que, embora o indivíduo tenha um papel ativo no processo criativo, é essencial que se reconheça também a influência dos fatores sociais, culturais e históricos na avaliação do trabalho criativo. Seria preciso levar em consideração a interação entre características individuais e ambientais para estimular a expressão criativa na escola, no trabalho ou em outro contexto, estabelecendo assim condições favoráveis ao desenvolvimento da criatividade.

Teoria e Pesquisa, v. 19, nº 1,  Brasília, jan./abr. 2003

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Física
Experimentos eficientes

No artigo Atividades Experimentais no Ensino de Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades, foi analisada a produção recente sobre a utilização da experimentação como estratégia de ensino de física. A análise dos dados teve como referência os trabalhos publicados entre 1992 e 2001 na Revista Brasileira de Ensino de Física, da Sociedade Brasileira de Física (SBF), em seu encarte Física na Escola, e também no Caderno Catarinense de Ensino de Física, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foram investigados a área temática das publicações e os diversos aspectos metodológicos relacionados com as propostas dos experimentos. “As atividades experimentais têm a capacidade de estimular a participação ativa dos estudantes, despertando sua curiosidade e interesse, favorecendo um efetivo envolvimento com sua aprendizagem”, afirmam os autores do estudo, que teve o objetivo de possibilitar uma melhor compreensão sobre as diferentes possibilidades e tendências dessas atividades. Os resultados obtidos revelaram que a experimentação continua sendo tema de grande interesse dos pesquisadores e professores de uma forma geral.

Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 25, nº 2, São Paulo, jun. 2003

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Educação
Curvas de crescimento

Estimar com relativa precisão o desempenho dos custos atuais e futuros de produção de uma unidade de mineração de ferro. Utilizando-se de uma série histórica de dados, o estudo Modelo de Previsão do Custo de Mineração pelo Sistema de Curvas de Aprendizado apresenta os custos reais de operação na mina e os resultados gerados pelo modelo em questão. A comparação dos dois universos situou-se dentro de uma faixa aceitável de tolerância próxima de 10%. “Uma das vantagens desse modelo é a possibilidade de incorporar as mudanças técnico-econômicas ocorridas no desempenho do custo”, segundo os pesquisadores Walmir Carvalho Pereira, da Samarco Mineração S.A, e Saul B. Suslick, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de introduzir o sistema de aprendizado como uma técnica eficiente de previsão, a partir de um estado predefinido do sistema e da manutenção das condições de trabalho. Para avaliar o desempenho dessa técnica, foram analisadas as várias fases de produção de uma empresa, onde os dados foram distribuídos mensalmente durante três anos, período escolhido por representar uma parte marcante da história da companhia. Segundo o artigo, se adequadamente implementada, a metodologia pode vir a ser útil nas atividades gerenciais.

Revista Escola de Minas, v. 56,  nº 2, Ouro Preto, abr./jun. 2003

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Agricultura
Ameaça aos laranjais

A proposta do estudo Declínio dos Citros: “Algo a Ver com o Sistema de Produção de Mudas Cítricas” é desvendar os problemas da citricultura paulista com o surgimento de novas enfermidades limitantes ao processo produtivo. Segundo o artigo,  dos pesquisadores Ricardo Braga Baldassari, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Araraquara, Antonio de Goes e Fernando Tannuri, da Casa de Agricultura de Araraquara, “uma das alternativas para prevenir essas enfermidades é a produção de mudas certificadas, com sementes de assegurada qualidade genética e sanitária, garantindo-se, assim, a sanidade das mesmas”. No entanto, verificou-se que grande parte do processo operacional de produção de mudas cítricas foi parcialmente adaptado da produção de essências florestais, como o eucalipto, onde são utilizados tubetes com comprimento de 12 centímetros. Tal prática estaria desencadeando uma grave deformidade morfológica no sistema das mudas cítricas, reduzindo o seu potencial de crescimento. O estudo conclui que a principal causa desencadeadora do declínio dos citros parece ser o estresse hídrico, já que plantas oriundas desse sistema de produção de mudas mostram-se muito mais vulneráveis ao estresse e, conseqüentemente, a esta anomalia. E como atualmente todas as mudas produzidas no Estado de São Paulo provêm desse sistema, seguramente o declínio dos citros tenderá a ser, futuramente, muito mais freqüente e severo.

Revista Brasileira de Fruticultura, v. 25,  nº 2, Jaboticabal, ago. 2003

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Pesquisa
Pós-graduação em questão

O artigo Tradições e Contradições da Pós-graduação no Brasil, de Cássio Miranda dos Santos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), promove uma discussão sobre o modelo brasileiro de pós-graduação. São enfocados no estudo o caráter dependente dos cursos de mestrado no tocante à produção científica e a forte influência do modelo norte-americano de pós-graduação na estruturação do modelo brasileiro. O estudo revela que na década de 1940 foi pela primeira vez utilizado formalmente o termo “pós-graduação” no artigo 71 do Estatuto da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Já na década de 1950, começaram a ser firmados acordos entre Estados Unidos e Brasil que implicavam uma série de convênios entre escolas e universidades norte-americanas e brasileiras por meio do intercâmbio de estudantes, pesquisadores e professores. “A faceta da dependência de modelos externos deve ser considerada, uma vez que trouxe implicações na estrutura dos currículos, programas, nas formas de avaliação e em diversas outras áreas dos cursos de pós-graduação no Brasil”, diz o autor. O artigo aborda também a problemática da incompatibilidade dos títulos pós-graduados conseguidos no Brasil e em instituições estrangeiras, assim como a questão do rigor dos mestrados acadêmicos brasileiros, cujas exigências são compatíveis com doutorados de outros países.

Educação & Sociedade,  v. 24, nº 83, Campinas, ago. 2003

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Comportamento
Bandeira feminista

Além de serem importantes veículos para divulgação de informações, as publicações feministas também contribuem para o aprimoramento e a renovação de propostas e discursos políticos sobre a condição da mulher. Este é o fio condutor do artigo Publicar É uma Ação Política, de Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, uma organização não-governamental feminista especializada em comunicação e mídia. “É preciso analisar a produção de publicações feministas como uma ação política direta, e não apenas como mais um instrumento de divulgação do trabalho desenvolvido pelas organizações”, escreveu Jacira. Assim, seria preciso analisar as publicações como uma ação de disseminação de idéias, propostas, questões e conceitos, pois, para a autora, as organizações feministas precisam compreender que, em termos operacionais e práticos, o que é referência para as editoras comerciais também pode fazer parte das referências para o trabalho editorial do movimento feminista. O estudo cita a década de 1990 como um período de intensa produção editorial feminista, com a publicação de livros, revistas, cadernos, jornais, boletins, cartilhas e folhetos, além de uma crescente produção de publicações eletrônicas para divulgação em sites na Internet. Trata-se de levantamentos, estudos e pesquisas, muitas vezes transformados em livros para dar maior visibilidade ao trabalho realizado, que funcionam como memória e registro de eventos feministas relevantes.

Revista Estudos Feministas, v. 11,  nº 1, Florianópolis, jan./jun. 2003

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