Imprimir PDF Republicar

Astronomia

Bilhões de estrelas, agora visíveis em meio à fina poeira da Via Láctea

Telescópio Víctor Blanco de 4 metros em Cerro Tololo, no Chile

DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA / M. Zamani e D. de Martin 

DOE / FNAL / DECam / R. Hahn / CTIO / NOIRLab / NSF / AURARetrato das estrelas e nuvens de poeira da Via LácteaDOE / FNAL / DECam / R. Hahn / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA

Após cerca de 260 horas de observação ao longo de dois anos, uma câmera chamada DECam, sigla de Dark Energy Camera, instalada no telescópio Víctor Blanco de 4 metros em Cerro Tololo, no Chile, a uma altitude de 2.200 metros, registrou 3,32 bilhões de objetos celestes de nossa galáxia, a Via Láctea, dos quais cerca de 2 bilhões são estrelas. É o maior levantamento desse tipo até agora. “Imagine uma foto de um grupo de mais de 3 bilhões de pessoas em que cada uma delas é reconhecível”, sugeriu Debra Fischer, diretora da Divisão de Ciências Astronômicas da National Science Foundation (NSF), dos Estados Unidos, uma das agências que financiou o trabalho, à newsletter do Centro de Astrofísica da Harvard & Smithsonian. Somada ao mapeamento de 2017, com 2 bilhões de objetos, a imagem resultante cobre cerca de 6,5% do céu noturno e 130 graus de comprimento, uma área 13 mil vezes maior que a da lua cheia. Ao observar comprimentos de onda na faixa do infravermelho próximo, os pesquisadores conseguiram espiar além da poeira que absorve a luz e esconde as estrelas de menor luminosidade. Uma abordagem inovadora de processamento de dados permitiu reduzir o efeito das nuvens de poeira e gás e prever melhor o que poderia haver por trás de cada estrela (Astrophysical Journal Supplement Series e Center for Astrophysics, Harvard & Smithsonian, 18 de janeiro).

Republicar