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Estratégias

Bill Gates investe na saúde global

Bill Gates, o multibilionário fundador da Microsoft, anunciou um plano que prevê a destinação de US$ 200 milhões para a pesquisa de doenças típicas dos países pobres, como a malária e a tuberculose (Nature, 30 de janeiro). Divulgada no início do ano, durante as reuniões do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, a iniciativa da Fundação Bill&Melinda Gates já conta com a participação do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e espera firmar parcerias com organizações científicas de outros países. A idéia é agraciar dez importantes projetos internacionais com US$ 20 milhões cada um. Um estudo que investiga o recém-seqüenciado genoma do parasita Plasmodium falciparum, transmissor da malária, e pesquisas voltadas para a descoberta de mecanismos naturais para inibir o progresso da tuberculose são fortes candidatos às verbas.

Por generosa que seja, Gates considera sua contribuição apenas um primeiro passo no sentido de superar uma incômoda estatística: menos de 10% dos cerca de US$ 70 bilhões investidos anualmente em pesquisa médica pelos países ricos vão para o estudo de doenças que, juntas, chegam a ser responsáveis por 90% da mortalidade nos países pobres. “A tecnologia pode ajudar a enfrentar o desafio da saúde global”, diz. “Mas são necessários recursos muito maiores.” De fato, segundo a Organização Mundial de Saúde, só a pesquisa das principais doenças tropicais do planeta, para ser eficaz, demandaria uma injeção de recursos da ordem US$ 1,5 bilhão por ano.

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