O Museu de Arqueologia e Antropologia (MAA) da Universidade de Cambridge deve devolver à Nigéria 116 objetos de latão, marfim e madeira levados para o Reino Unido pelo exército britânico durante o saque da cidade de Benin em 1897. Os objetos que não forem transferidos poderão permanecer em exibição, como empréstimo, com o aval da Comissão Nacional de Museus e Monumentos da Nigéria (The Guardian e boletim da Universidade de Cambridge, 14 de dezembro). A decisão da universidade segue as de outros museus dos Estados Unidos e da Europa. “No setor internacional de museus, há um crescente reconhecimento de que os artefatos adquiridos ilegitimamente devem ser devolvidos aos seus países de origem”, afirmou Nicholas Thomas, diretor do MAA, a Pesquisa FAPESP. Em julho, a Alemanha devolveu à Nigéria cerca de mil itens de suas coleções. No entanto, nem todos aderiram à proposta. Contrariando expectativas anunciadas nos últimos meses, o British Museum, por ora, declarou que não devolverá à Grécia as peças em mármore do Partenon, templo construído no século V a.C. em Atenas, sob a alegação de que elas teriam sido adquiridas legalmente em 1802 pelo diplomata britânico Thomas Bruce, conde de Elgin (1766-1841), que as vendeu para o museu. O governo grego solicita desde o início do século XX a devolução de friso de 75 metros retirado do Partenon (Agência France-Presse e Daily Sabah, 11 de janeiro). As negociações com o museu ainda continuam (New York Times, 17 de janeiro).
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