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Relações internacionais

Celso Lafer recebe título de professor emérito

Presidente da FAPESP é homenageado pelo Instituto de Relações Internacionais da USP

Eduardo Cesar

Maria Hermínia Tavares de Almeida entrega distinção a Celso Lafer, na presença de Fernando Henrique CardosoEduardo Cesar

O presidente da FAPESP, Celso Lafer, recebeu na quarta-feira (15) o título de professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP). Professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP, onde chefiou o Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito, especialista em direito internacional, estudioso das relações internacionais e ex-ministro das Relações Exteriores, Lafer foi o primeiro a receber a homenagem do IRI, criado em 2004.

A cerimônia ocorreu no auditório da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), na Cidade Universitária, em São Paulo. Celso Lafer foi apresentado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, professor emérito do Departamento de Ciência Política da USP. “Poucos deram contribuição tão relevante e pioneira para a USP como Celso”, disse ele em seu discurso. “Ele sempre foi um dos mais notáveis cientistas sociais do país. Tem paixão pela racionalidade.”

Para Fernando Henrique, o IRI é a expressão institucional do que Lafer preconizou há quase 40 anos em seus estudos sobre relações internacionais. “Seus ensaios são modelos para pensar a realidade”, afirmou. O ex-presidente ressaltou que o ex-chanceler tem obra vasta, que vai da literatura à filosofia, além do direito internacional, direitos humanos e política brasileira. Ex-aluno da filósofa alemã Hannah Arendt, é um dos principais interpretes de seu pensamento.

Celso Lafer agradeceu a homenagem e disse que o IRI é um instituto jovem, mas cujo curso já é o quarto mais concorrido da USP. Contou que se interessa pelos temas da política externa desde jovem. Uma de suas influências foi seu tio, Horácio Lafer, representante do Brasil na Liga das Nações, em 1934, e ministro das Relações Exteriores no governo JK, de 1959 a 1961. “Recebi também influência de Hélio Jaguaribe, pioneiro nos estudos das políticas externas”, disse Lafer. Ele lembrou as primeiras aulas que deu sobre relações internacionais no começo dos anos 1970 na USP, ainda sob o regime militar, quando o tema recebia pouca atenção.

A diretora do IRI, Maria Hermínia Tavares de Almeida, destacou o fato de Celso Lafer ter dado robustez ao instituto. “Ele é um dos fundadores do pensamento do lugar do Brasil no mundo”, observou.

 

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