Uma nova tecnologia de processamento de cenoura, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Hortaliças, de Brasília, permite aproveitar os cerca de 10% da produção que, muito fina ou pequena, é descartada por ser considerada fora de padrão. As cenouras, batizadas de catetinho, passam por um processo de abrasão, que dura apenas um minuto e meio, e ganham formato arredondado. “Começamos a fazer a pesquisa para aproveitar o refugo da lavoura”, conta o pesquisador João Bosco, da equipe que desenvolveu a tecnologia para processar as minicenouras.
Uma lixadeira e um disco foram desenvolvidos, com base nos descascadores de batatas, para dar o formato arrendondado às cenouras. O equipamento custa cerca de R$ 2,5 mil e é considerado acessível ao pequeno produtor. “Esse processo agrega valor a um produto que é descartado da venda direta ao consumidor”, diz Bosco. A tecnologia já foi adotada por produtores de Santo André, Ribeirão Preto e Salvador. Embaladas a vácuo, as cenouras duram 20 dias sob refrigeração.
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