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Astronomia

Centro velho, periferia nova

Concepção artística da Via Láctea, produzida com base nas idades de 80 mil estrelas: as mais antigas aparecem em vermelho e as mais jovens, em azul

G. Stinson / MPIA Concepção artística da Via Láctea, produzida com base nas idades de 80 mil estrelas: as mais antigas aparecem em vermelho e as mais jovens, em azulG. Stinson / MPIA

A partir de informações de 80 mil estrelas, um grupo internacional de astrônomos construiu o mais amplo mapa de idades da Via Láctea. O mapa confirma que a galáxia que abriga o Sistema Solar cresceu nos últimos 10 bilhões de anos, a partir de sua região central em direção à periferia. Apresentado no dia 8 de janeiro em um encontro da Sociedade Astronômica Americana, o mapa é obra da equipe liderada por Melissa Ness e Marie Martig, ambas do Instituto Max Planck para Astronomia, em Heidelberg, Alemanha. Os pesquisadores calcularam as idades de 80 mil estrelas que se encontram distantes até 65 mil anos-luz do centro galáctico. O mapa ajuda a visualizar a história da formação da galáxia. Concentradas no centro da Via Láctea estão as estrelas com mais de 10 bilhões de anos, surgidas quando a galáxia era jovem e bem menor. Longe do centro estão as estrelas mais jovens, nascidas nos últimos 3 bilhões de anos, quando a galáxia já tinha praticamente atingido o seu tamanho atual e assumido a forma espiralada, com braços curvos partindo de seu centro. Para calcular as idades das estrelas com precisão, os astrônomos combinaram observações feitas pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, com as observações das mesmas estrelas obtidas pelo instrumento Apogee, montado no telescópio do Sloan Digital Sky Survey, no Novo México, Estados Unidos.

 

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