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Reconhecimento

Fernando Galembeck e Cesar Victora recebem prêmio CBMM

Pesquisadores foram agraciados por suas contribuições para a produção científica e tecnológica do país

Cesar Victora, premiado na categoria Ciência por estudos em saúde e nutrição materno-infantil

Arquivo pessoal

O médico gaúcho Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, e o químico paulista Fernando Galembeck, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram os ganhadores da edição 2020 do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia. A premiação foi criada em 2019 pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) com o propósito de reconhecer o legado de pesquisadores cuja criatividade e originalidade contribuíram de forma significativa para a produção científica e tecnológica do Brasil.

Victora foi agraciado na categoria Ciência, que premia pesquisadores cuja produção tenha colocado o Brasil em destaque no cenário científico internacional. O reconhecimento se deu por suas contribuições nas áreas de saúde e nutrição materno-infantil, com destaque para a documentação da importância do aleitamento materno exclusivo na prevenção da mortalidade de recém-nascidos e a construção de curvas de crescimento infantil, hoje usadas para avaliar o desenvolvimento de fetos e bebês em mais de 140 países.

Arquivo pessoalTecnologia: Fernando Galembeck desenvolveu processos sustentáveis para produção de matéria-prima industrialArquivo pessoal

Victora já atuou como pesquisador e consultor em mais de 40 países, assessorando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seu fundo para a infância (Unicef). Ele está aposentado da UFPel desde 2009, mas continua produtivo: atualmente trabalha na coordenação da pesquisa Epicovid-19, que monitora a progressão da pandemia de coronavírus em 133 cidades brasileiras. É autor ou coautor de mais de 700 artigos.

A categoria Tecnologia tem como objetivo agraciar cientistas que tenham gerado impactos relevantes no país por meio da ciência aplicada. Fernando Galembeck, escolhido entre 154 participantes – os próprios pesquisadores se inscrevem –, tem atuado em projetos com diversas empresas, desenvolvendo processos avançados e sustentáveis para a produção de matérias-primas industriais, de energia e de produtos de alta tecnologia, com aplicação em vários setores.

O químico tem uma extensa carreira como professor universitário e pesquisador no Instituto de Química da Unicamp. Publicou 286 trabalhos e depositou 36 patentes, várias delas estendidas para mais de 20 países. Oito produtos baseados nessas patentes foram introduzidos no mercado.

Na primeira edição do Prêmio CBMM, em 2019, foram laureados o matemático Marcelo Viana, do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), na categoria Ciência, e o farmacologista João Batista Calixto, professor aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina, em Tecnologia.

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