Na guerra civil iraquiana, pesquisadores e professores universitários são alvo recorrente de seqüestros, ameaças e assassinatos. Um grupo de defesa dos direitos humanos baseado na Bélgica, o Tribunal de Bruxelas, compilou uma lista de mais de 200 acadêmicos mortos no país conflagrado desde 2003. Ninguém foi preso por participar dos crimes. A maioria foi morta em meio a atentados a civis. Mas há casos de perseguições, como o de Jamhour Al Zargani, professor de história de uma universidade em Basra, seqüestrado, torturado e assassinado em 2005, e de vítimas das próprias forças de ocupação norte-americanas, como Basil Abbass Hassan, alvejado por engano. “Ao atingir aqueles que detêm a chave para a reconstrução e o desenvolvimento do Iraque, os causadores dessa violência colocam em risco o futuro do país”, disse Koïchiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, braço das Nações Unidas para a Educação, a Cultura e a Ciência, em declaração divulgada no site da entidade.
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