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Mundo

Combate ao clube do bolinha

O Japão decidiu abrir espaço para pesquisadoras que querem retomar suas atividades depois de se afastar da carreira para ter filhos e cuidar deles. Serão reservados trinta cargos em instituições públicas para mulheres nessa situação. O programa integra um pacote de iniciativas que inclui subvenções para instituições que mantenham esquemas flexíveis de trabalho para pesquisadoras com filhos. O objetivo é, em cinco anos, fazer com que as mulheres ocupem pelo menos 25% dos cargos em universidade e laboratórios públicos. O ambiente científico no Japão é, em larga medida, um clube do bolinha. Em 2004 as mulheres compunham apenas 11,1% da força de trabalho acadêmica do país, a mais baixa participação entre os 30 países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) – Portugal tem a taxa mais alta, de 40%. O número de mulheres cientistas cresce no Japão. Elas ocupavam em 2004 23% das vagas de programas de doutorado em ciências e engenharia, diante de  15% em 1995. Mas a opção por ter filhos tolhe a carreira. “As universidades não fazem idéia do trabalho que dá ser pesquisadora e mãe e inviabilizam as carreiras femininas”, disse à revista Science Kuniko Inoguchi, ministra da Igualdade de Gêneros e Assuntos Sociais do Japão.

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