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Tecnociência

Comer muito envelhece

Consumir poucas calorias pode não ser apenas uma questão de vaidade, mas de prolongar a própria vida –  ao menos entre microorganismos e animais de laboratório. A bioquímica Alicia Kowaltowski e seu aluno Erich Tahara, da Universidade de São Paulo, ajudam a entender por quê. Estudando uma levedura, eles desvendaram uma parte do metabolismo associada à longevidade.  Em um artigo publicado em janeiro no Faseb Journal,  Alicia e Tahara mostram que a dihidrolipoil desidrogenase, enzima que atua na degradação de carboidratos, pode ser uma fonte de radicais livres, moléculas capazes de danificar componentes importantes das células e provocar o envelhecimento celular. Assim como níveis elevados da enzima, a ingestão de carboidratos em excesso leva à produção de radicais livres em uma quantidade maior do que o organismo consegue combater. Os experimentos foram feitos com levedura Saccharomyces cerevisiae, muitas vezes usada como modelo biológico para investigar fenômenos bioquímicos comuns a organismos mais complexos. Segundo Alicia, ainda não é possível garantir que esse mecanismo de produção de radicais livres também exista em seres humanos. Mas ela acha provável que sim.

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