Um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global, que emana da criação de gado, da queima de gás natural e de depósitos de lixo, o metano poderia ser convertido em compostos úteis e ambientalmente inofensivos por meio de um catalisador híbrido desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Em temperaturas e pressões ambiente, as partículas do catalisador são suspensas em água, que absorve metano do ar. São dois componentes: o mineral zeólita – um silicato de alumínio modificado com ferro –, capaz de absorver metano, e a enzima álcool oxidase, por meio da qual bactérias, fungos e plantas degradam álcoois. A zeólita converte metano em metanol e a enzima transforma metanol em formaldeído. O formaldeído, adicionando-se ureia, uma molécula contendo nitrogênio encontrada na urina, poderia gerar ureia-formaldeído, resina usada em produtos agrícolas e painéis de aglomerado de cortiça. Se avançar, o catalisador poderia ser aplicado como um filme para revestir superfícies expostas ao metano ou implantado em locais de produção do gás, como usinas de energia e fazendas de gado (Nature Catalysis e MIT News, 4 de dezembro).
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