Pesquisadores do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, ligados ao Instituto Gulbenkian de Ciência, em Lisboa, desvendaram como novos vasos sangüíneos se formam em regiões lesionadas. O desenvolvimento de novos vasos é essencial para a cicatrização: são eles que transportam proteínas antiinflamatórias para a região do ferimento, melhoram a oxigenação do tecido e levam nutrientes essenciais para a reconstrução da pele. Em artigo publicado em novembro na revista PLoS One, o grupo do oncologista Sérgio Dias mostrou que tudo depende da ativação da proteína Notch em células derivadas da medula óssea chamadas de células precursoras. Quando ativada, a Notch leva essas precursoras a aderirem à área da lesão, onde estimulam as células endoteliais – as que constituem veias e artérias – a produzirem vasos sangüíneos. Conhecer os detalhes desse processo pode ajudar no tratamento de feridas que resistem a cicatrizar, um problema comum em pessoas que sofrem de diabetes ou obesidade mórbida. Em casos severos de diabetes, essas feridas podem até levar à amputação do pé do paciente.
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